segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Babás, enfermeiras e opiniões alheias

– "São 18 horas e este menino ainda não tomou banho"?

– "Deixa eu trocar a fralda, que a senhora não está sabendo..."

– "Não pode sair com um bebê desse tamanho, que absurdo!"

Sabe o que? MUITO CUIDADO com as opiniões alheias. Às vezes é um parente que nunca atrasou o banho dos filhos e tem a intenção de ajudar. Às vezes uma babá ou "enfermeira" (essas são as piores!!) que não podem jamais perder seu lugar de autoridade. Às vezes um vizinho ou desconhecido que se dá ao direito de falar alto o que deveria guardar para si.
Cada filho é um filho, e cada família, uma família. E cabe a cada mãe, com cada filho, em cada família, ajeitar as coisas da melhor maneira possível. Ninguém quer errar. E toda mãe tem O DIREITO de um tempo para aprender.
Portanto, seja mãe de primeira ou de décima viagem, eis o mandamento principal: dê-se um período para conhecer o seu bebê e permita-se exercer a maternidade. É só sendo mãe, na lida do cotidiano, entre sonos, sonhos, fraldas e mijadas fora da fralda que tudo se ajeita, que a gente se descobre e se entende.
Espere ao menos 1 mês antes de se sentir inadequada e sair registrando como fracassos pessoais o que não passa de opiniões alheias. Na sua casa o banho é mais tarde? Você e seu bebê estão felizes com isso? OK, não é contra a lei, certo?
Sua fralda vaza e a da enfermeira sai sempre limpinha? Tá bom, mas você é a mãe e precisa aprender. Ou a enfermeira foi contratada por 24 horas para o resto da existência?
Eu mesma já ouvi, nos hospital, a seguinte frase:
– "Aproveita que aqui tem enfermeiras para cuidar do seu filho e descansa..."
Ué, mas eu tive um filho porque quis, gosto de ficar com ele, quero cuidar dele e aprender a me comunicar com o meu bebê... foi o que pensei.
E olha, ainda não vi mãe que assuma os cuidados do filho e, já no segundo mês, não se sinta muito mais segura e diga com naturalidade:
– Ah, esse choro é porque ele está tentando fazer cocô...

9 comentários:

  1. Oi Carô! Olha eu aqui na estréia dos comentários!!
    Morar longe do Brasil tem muitas desvantagens, mas também a vantagem de ficar longe dos pitacos! E eu continuo aprendendo... Haja fralda vazando e roupa pro cesto...
    Bjs!

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  2. Carô,
    Concordo plenamente com o seu post. Eu tive filho em Los Angeles sem baba nem enfermeira e minha mae foi me ajudar nas primeiras semanas. Não vou dizer que nao foi cansativo, mas acho que aprendi muito sobre mim, sobre meu filho e sobre como fazer bom uso da ajuda disponivel, inclusive do pai!
    vou acompanhar seu blog.
    hoje moro em no Brasil em SP e a partir da minha vivencia nos Estados Unidos criei um Instituto chamado MãePessoa para ajudar a mãe pós-moderna a dar conta de todas as demandas desse nosso tempo sem esquecer do seu lado pessoa!
    www.maepessoa.com.br
    bjos e ate breve.
    Tania

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  3. Carô adorei o seu post, sou gestante de 1º viagem e sei como são desagradáveis esses comentários. Minha filha nem nasceu e já tem gente dando palpite em como dar banho, trocar fralda, em tudo que devo fazer, isso me irrita muito. Mas vou seguir um sábio conselho: Ouvir e fazer do meu jeito.
    beijos

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  4. Olá!
    Eu costumava acompanhar teus posts no site do bebê.com, e agora sempre que puder dou uma passadinha por aqui.
    Sobre os pitacos, pior que é bem assim mesmo hein?!
    Sabe, que quando meu filho tinha 9 dias minha sogra tava aqui nos visitando. Aí dei banho nele, vesti com uma roupa comprida mas fininha, afinal o dia apesar de ser final de maio estava quente. Ela olhou e disse "só vai colocar isso? Os bebês sentem mais frio!", aí eu, boba mãe de primeira viagem, fui lá e coloquei um tip-top desses ("plush", sabe?!)por cima. O neném chorou a noite toda com muita febre. No outro dia eu e meu marido o levamos no pediatra apavorados, sabe o que ele tinha? Tava muito agasalhado! O médico só deixou ele peladinho e a febre baixou ¬¬... heuheuehue... tempos que ouvir o que os outros falam, por respeito (afinal eles não falam por maldade), mas sempre procurar FILTRAR TUDO!!!

    Beijinhos,
    http://fadalin.blogspot.com/

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  5. Oi Fada,Tania e Selma!
    que bom que vocês "migraram" aqui pro barrigudas um pouquinho. Vou continuar escrevendo, tentando atualizar o blog até com mais frequência do que lá no bebe.com e gostaria muito que a pequena comunidade que se formou em volta dos textos continuasse aqui dividindo suas experiências, conversando, trocando idéias!
    beijos,
    Carô

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  6. Olá Carô! Gostei do seu blog com uma exceção.
    É bem assim mesmo, todo mundo quer palpitar. Se ouvirmos tudo que sugerem, ficaremos sem iniciativa! Nascemos com o "dom da maternidade", as respostas nós temos. As pessoas esquecem que no puerpério ficamos muito sensíveis, precisamos de apoio, de ajuda, mas não de palpites!
    Sou enfermeira graduada, trabalho com idosos e bebês. Sempre fui muito bem recebida em todos os lares, construí relação de respeito, carinho, troca de conhecimentos. Ao completar meu ciclo, recebi homenagens,despedidas com muito choro e os bebês deixavam de comer, ficavam irritados qdo se aproximava minha despedida. Penso q foi mau expressado o comentário "enfermeira" (essas são as piores!!) que não podem jamais perder seu lugar de autoridade". Nós vamos aos lares com o intuito de auxiliar, cuidar, passar conhecimentos, criar atmosfera de envolvimento afetivo principalmente com a mãe. Deixamos nossos lares e filhos, ficamos sem privacidade, não temos hora para nada, ficamos atentos 24 horas do dia! Vinte e quatro horas vivenciando voce, seu bebê e sua familia!Tudo com amor, carinho, repeito e dedicação! E voce faz o infeliz comentário que nós enfermeiras somos as piores! Pense bem!

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  7. oi...gostaria de parabeniza-la pelo site,e esclarecer uma questão muito comum,para as pessoas todo profissional de saúde que presta cuidados ao paciente é enfermeiro,sendo que na verdade não é,existe técnicos de enfermagem e enfermeiros.O enfermeiro é o profissional que cursa faculdade de enfermagem sendo responsavel por gerenciar a equipe de tecnicos,esses sim que higienizam o paciente,trocam fraldas e etc..o enfermeiro não é contratado para ser babá,sendo o tecnico de enfermagem que muitas vezes assume esse papel.Por gentileza,vamos valorizar o profissional,não é justo que se passe 5 anos numa faculdade para se ter tão pouco valor.

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    1. Oi Catia, só para esclarecer, faculdade de enfermagem são quatro anos, mais os da especialização,mestrado e por ai vai.Quem pratica cuidados integrais é o auxiliar de enfermagem, e depois vem técnico de enfermagem, auxilia o enfermeiro, pode trabalhar em UTI, resgates,etc. O enfermeiro é responsável pelo gerenciamento da equipe de enfermagem, mas se precisar carregar paciente , ele carrega, se precisar preparar e administrar medicação ele o faz e outras atividades que são de responsabilidade apenas do enfermeiro, que em muitos hospitais delegam aos técnicos de enfermagem pelo simples fato do salário ser mais em conta, deixam de contratar o enfermeiro!!!! O mercado de trabalho brasileiro, infelizmente não vê os anos que você passou numa faculdade, seu esforço, dinheiro empregado, só sua idade conta. Hospital Bandeirantes por exemplo, passou dos 35 anos de idade, nem perca seu tempo em mandar curriculum pq não pegam, e assim acontece com a maioria das empresas! No meu caso, pude fazer a faculdade na casa dos 40, enviei mais de 800, oitocentos curriculuns, participei de diversos concursos, passei em alguns, e não fui chamada! Prestei concurso em Atibaia, não chamaram ninguém e depois de 2 meses fizeram outro concurso, depois dessa desanimei, pq não é fácil, prestar esses concursos, a impressão que tenho é que as autoridades não estão nem ai, querem mesmo e catar o dindin do dos coitados q estudam muito, se preparam, emprestam dinheiro p poder prestar o concurso para depois não conseguir passar. As pessoas querem mesmo é julgar sem se colocar no lugar do enfermeiro.

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    2. Tem razão, minha generalização não foi feliz. Mas acho que muitas profissionais, talvez por insegurança ou medo de perder esse lugar de autoridade, em vez de ajudar no envolvimento da mãe com seu bebê, acabam por fazé-la se sentir inadequada ou inútil. Obviamente não são todas assim e eu faço aqui minha mea culpa: generalizações sempre são odiosas.

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