segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

E o primeiro, vai para onde?

Desculpem, mas aqui vai mais um post da série "dúvidas cruéis que atacam no final": o que eu faço com a minha filha na hora do parto? Se for em casa, seria legal ela estar por aqui e poder participar de alguma forma do nascimento do irmão.

Meu único medo é que ela queira ficar falando comigo e pedindo atenção. Quando ela nasceu, passei boa parte do trabalho de parto enfiada na água morna da banheira, apenas respirando, sem conseguir ver o que acontecia na minha frente. Eu era só respiração e dor, nunca me senti tão bicho: a mente vazia de qualquer pensamento racional, apenas singrando aquele mar de contrações que vinham e passavam, com a AnaCris (que foi minha doula) iluminando o caminho à frente. Podia entrar e sair gente, podiam fazer perguntas, podia haver um terremoto: eu não ia notar. Minha lembrança é a de um jacaré no pântano, totalmente dedicada a fazer o filhote nascer. E só.

Já pensou você nesse estado e uma menininha de 4 anos entrando e querendo perguntar, bater papo, saber da mãe? Claro que meu marido, minha irmã ou alguma das avós poderia ficar com ela. Mas será que ela vai agüentar não estar ali do lado?

Se tiver de ir para o hospital, tudo bem: uma das avós a busca e a leva para lá quando o bebê tiver nascido. Acho que nem deixam menininhas ficarem no hospital enquanto suas mães viram jacarés nas banheiras... Mas que vai ser estranho ela ir dar uma volta com a vovó e voltar com um irmão recém estreado, ah isso vai.

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