segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

De centro do universo a última das moicanas

Que a gravidez leva a mulher a extremos, todas sabemos. Uma hora você está irritada como na pior das TPMs, quase latindo, e outra chorando enternecida porque passou um comercial de fraldas ou porque seu colega fez um comentário carinhoso. Mas tudo bem, quando a gravidez se estabiliza, isso tende a passar.

Mas a vivência dos extremos atinge seu climax quando o bebê nasce. Aí, você passa de centro das atenções a última das moicanas. Explico: durante a gravidez todo mundo quer saber, curte a barriga, se interessa pela sua vida e a do bebê, faz gentilezas, protege, dá lugar no ônibus. Uma beleza. Somos as rainhas da criação.

Então, o bebê finalmente nasce e você vira um ser totalmente dispensável. O mundo (e você incluída) só tem olhos para seu filho ou filha. Para piorar, sua barriga está murcha, no meio do caminho entre o que era na gravidez e o que foi um dia; seu cabelo não recebe corte ou tinta há muuuuitos meses, seu peito pinga leite e seu papo não varia:

– "Tal hora fez cocô, tal hora mamou, que raios ele quer, por que chora?"

Fatalmente, sua cabeça indica que você vai passar o resto da existência contando o tempo de 3 em 3 horas ou entre mamada e mamada, sem espaço para mais nada a não ser mal dar conta daquele serzinho que invadiu o pedaço e tomou a vida de todos de assalto.

Repita comigo: calma, isso vai passar!! Em geral, em no máximo 2 meses o bebê entra numa rotina, aos poucos ele vai ficando mais autônomo, ganhando independência e, acredite: um dia você vai entender por que ele chora, vai parar de pingar leite por aí, ainda vai ler um livro inteiro, conseguirá ir ao cinema e será capaz de ter uma conversa de adultos. Pode apostar. Eu estou só aguardando a minha vez! E, enquanto isso, curtindo cada uma das dobrinhas do gordo comilão que baixou aqui em casa para bagunçar o coreto.

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