sábado, 25 de abril de 2009

Vai com calma, filho

O André vai fazer 4 meses. Emergimos daquele limbo sonolento dos recém-nascidos, de cólicas, olhares perdidos, desentendimento.
Ele virou um bebê: portentosas bochechas, olhar curioso e atento, sorrisos... Enfim comunicação! Temos 7,370 quilos, 65 centímetros, 2 dentes embaixo, gargalhadas e rolamentos para um lado e outro, todos os dias.
E eu nem sei dizer quando foi que tudo se transformou! Que dia ele sorriu mesmo? Quando rolou pela primeira vez? Parece que a gente pisca e eles andam 5 casas!


sexta-feira, 10 de abril de 2009

Drogas pesadas

Por que será que a gente rodeia os bebês com bichos? Elefantes azuis de pelúcia; vacas coloridinhas que fazem "Muuu", mas têm um tamanho diminuto se comparadas a uma de verdade; coelhos de todo tipo; ursos e mais ursos. Será que é para reforçar que é a esse reino que pertencemos? Animal?
Não consigo parar de pensar que ser bebê deve representar algo similar – ou ainda mais lisérgico – do que uma viagem de ácido. Ou do que eu imagino que seja uma viagem de ácido, porque nunca tomei um.
Já pensou na enxurrada de cores, sons, sabores e movimentos novos que eles experimentam a cada momento? Sendo levantados, virados, trocados, com um monte de gente falando fininho, fazendo macaquices, mostrando objetos, ligando aparelhos, emitindo sons. E ainda essa bicharada toda em volta ...
Não à toa eles precisam dar umas pausas para dormir desse mundo!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Não dá para ser tudo, ao menos por enquanto

– "Puxa, estou com saudades de você!"
É o que diz o meu marido, quando temos um respiro entre fraldas, mamadas, banhos e afazeres de todo tipo.
Quer saber? Até eu estou com saudades de mim!
Um recém nascido demanda tempo, dedicação, esforço físico e uma atenção enorme para se tentar adivinhar o que o incomoda, o que ele prefere. São uma série de ajustes que vão acontecendo devagar entre mãe e filho. Só que, enquanto isso, o mundo não pára. Seu marido continua existindo e tem saudade, a lavadora de roupas às vezes quebra, a campainha toca...
Nesses momentos, a gente por vezes se perde, o casal se perde. Dar conta de colocar uma roupa e parecer um ser humano – e não um zumbi de pijama – já parece um ganho.
Como? Disseram que você era capaz de ser mãe, companheira, amante e ainda dar uma ligadinha para saber a quantas anda tudo lá no trabalho?
É mentira!!
Não dá para ser tudo, pelo menos não agora.
Mas isso não quer dizer que você tem de desistir da sua vida, do seu companheiro, de voltar a trabalhar. É preciso abrir espaço aos poucos: na casa, na rotina – e sobretudo na mente. Ir campeando e roubar um pouquinho de tempo ali e outro aqui para resgatar o que é importante para você – e para o casal.
Peça ao seu marido para ter paciência, mas peça também para ele não desistir de querer "roubar" você do mundo dos bebês. Essa ajuda é importantíssima para re-estabelecer o equilíbrio e a gente se "trazer de volta".